A falta de apoio e, nesta edição, a sua confirmação literalmente na véspera, têm marcado aquele que é o mais antigo festival de teatro no país. Em “risco” uma vez mais, a decisão que anuncia uma verba de 25 mil euros da Direção Geral das Artes (DG Artes) acabou por viabilizar a 36.ª edição do Citemor – Festival de Montemor-o-Velho, que esta quinta-feira tem início para se prolongar até 9 de agosto. De novo alargado a Coimbra – onde a estreia acontece com teatro e música –, a Lisboa e ao Porto. De novo ainda, é aos espetadores que cabe decidir o preço dos bilhetes para cada um dos espetáculos.

Esta quinta-feira, em Coimbra, o Citemor’14 tem início no Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV), com a estreia nacional do espetáculo “Decomposition”, da companhia Stone/Castro e com Paulo Castro em palco. E prossegue com o concerto Melhor Amigo, duo composto por António Pedro Lopes e Guilherme Garrido, no Salão Brazil, às 23H30.

Sábado e domingo, 26 e 27 de julho, o Citemor prossegue em Coimbra, regressando ao Teatro da Cerca de São Bernardo, o espaço d’A Escola da Noite, com um espetáculo de dança contemporânea vindo de Espanha. Tania Arias apresenta “Infinito – Besos =”, em duas sessões, sempre às 21H30.

O espetáculo, que estreou no passado mês de abril no Teatro Pradillo, em Madrid, é o segundo momento de um processo criativo que “indaga sobre o jogo nas estratégias de criação, questionando quem propõe e quem recebe”, de acordo com uma nota da produção.

Quanto à bilheteira, a direção do Citemor decidiu prosseguir a política de entregar aos espetadores a responsabilidade de atribuírem um valor ao que acabaram de ver em palco. Assim, no acesso aos espetáculos programados no festival, é o espetador quem define o preço do bilhete, de acordo “com a sua disponibilidade e as suas expetativas”, sublinham. Reservas através do e-mail reservas@citemor.com.