Gonçalo Reis Torgal
Livrinho, em toda acepção, que comprei, na Feira do Livro do Oriente. Luís Aguillar, Ed. LeYa – Livros d’Hoje. “Uma História à volta das quatro linhas”. Fui pelo título e capa, onde uma bola parecia indicar que o tema versava o controverso e abandalhado futebol; e o preço. Enganei-me.
Os 5 €, eram melhor empregados numa instituição social, das que o governo se aproveita, pois substitui-o no apoio ao Povo roubado e empobrecido. Futebol NADA. Ficou o título, que a propósito veio neste Mundial da desilusão, para muitos, da confirmação, para outros, onde me conto. Mundial que mais não foi que etapa no abandalhamento do futebol nacional.
Há muito o venho a apregoar, tendo mesmo pensado intervir nas III Jornadas Comunicação e Desporto – FUTEBOL E MÉDIA, realizadas na FLUC, em 24/2/2014, iniciativa do CEIS 20, da UC, melhor, do incansável Prof Francisco Pinheiro. Esbocei até a comunicação: Conversa Fiada em Fora de Jogo. Participei, sem ela; confundi datas.
Aproveitei, porém, a intervenção da Dr.ª Mariana de Carvalho – UP/Univ. de Leuven – (que se “zangou” por a ter, carinhosamente tratado por Marianinha, lembrando minha neta Mariana – emigrada em Madrid, pelo emprego que a desumana política neo-liberalt de CPP lhe nega cá, muito embora as altas classificações e formação de excelência, UNL e Canadá.
A, dizia, interrogativa da comunicação: A transmissão televisiva dos jogos é razão para não irmos ao estádio? fi-la, por experiência própria e saber feito como Dirigente desportivo, expressão afirmativa. Desenvolvi, o que pensara para tese: “A Sport TV e a liquidação do Futebol espectáculo”;, no campo – de sofá, hoje.
Causa: demasiadas transmissões, com graves consequências sociais (familiares) que transformam o obsidiante em aberrante. Ao excesso, acrescem horários absurdos, com consequências desportivas (“ninguém” vai), turísticas (não vai ninguém fazer turismo a Arouca 2ª feira às 20 h) e económicas; economia de que o futebol era factor não desprezível.
A TV transformou-o em negócio; negócio que já o é, sobretudo, para os intermediários, que, por isso, impõe normas aos seleccionadores, como neste Mundial, onde, pareceu, que, quem não era representado pelo Agente FIFA Jorge Mendes, lugar não tinha (não teve). Daí não ter sido chamado Ricardo (o melhor Guarda-Redes do Campeonato), ser preterido Quaresma e a teimosia na “brigada do reumático”, preferindo os penteados à moicano do barbudo e selvagemente pintalgado Raúl Meireles.
Aliás os jogadores, parecem mais interessados no exotismo dos penteados (jogadores e o inventado treinador do ridículo amarelo/preto da guedelha) e nos brinquinhos (Sexo?), do que em jogar à bola. Ao negócio, acrescem as Firmas de material desportivo, impondo jogos com equipamento alternativo e a ridícula obrigação do mudar de calções, quando não há confusão possível com o adversário; sem respeito pelo histórico-cultural dos Clubes. O vil metal comanda.
Daí as mais de 20 páginas dos jornais “desportivos” falando (inventando?) do SLB, SCP, FCP, e um nada para os outros, que, nos Média, não vêem analisados os erros de arbitragem, que dominam a semana, até à aberração, se dos “grandes” se tratar. “Grandes” que são únicos com voz nos milhentos programas televisivos ou radiofónicos, onde se chega ao descaro de haver um (Antena 1 ) Grandes Adeptos, que não passam de adeptos dos “grandes”.
Programas que são abono de jogadores e treinadores desempregados, por desfasados ou incompetência. Critério presente na Selecção Nacional, sob a ordem de Paulo Bento, um Cavaco de teimosa casmurrice. Ou, insistindo, é o Dr. Fernando Gomes, da minha muita consideração, que está obcecado, como o PR, e Paulo Bento mais não é que a réplica da teimosia em manter CPP no governo?
Com este panorama virado, tal como CPP, contra os portugueses, o Futebol Português terá sexo (além da “fruta”, há o retrocesso civilizacional dos brinquinhos, e as Revistas Rosa com as “Namorada” dos craques, o mais despidas possível); morte anunciada tem por certo. Futebol é que pouco.
