Por vezes, e não são poucas, vemo-nos obrigados a observar o “NÃO” como método de intervenção. É transversal a todas atividades. Por vários motivos, dos quais destaco dois:
Ou o comum cidadão não percebe qual a forma de intervir ou, mais grave, percebendo-o, aplica sempre a mesma “receita”.
É o “não” Primeiro-Ministro, porque faz exatamente o contrário hoje, o que afirmou ontem;
É não do governo- ministros entre outros- porque governam de costas – leia-se de costas voltadas – para os cidadãos;
É o não chefe-de-gabinete, esse personagem tão importante, que, fechando-se no seu casulo, já não suporta ouvir ninguém…que chatice!
É o não da oposição, porque tanto é verdade agora, como “mais logo” o seu contrário;
É o não saúde, porque os seus agentes se focam na doença ao invés de se focar na prevenção, mantendo para alguns, privilégios no mínimo discutíveis;
É o não reformado que, apesar de ser gamado todos os dias consegue dizer: “se Deus quiser isto muda”! Não te “faças ao mar”, não!
É o não da escola, porque muitos têm dificuldade em perceber que a importância recai totalmente sobre os alunos e não sobre os outros agentes, ainda que imprescindíveis, não insubstituíveis;
É o não dos pais e encarregados de educação, que se esquecem, se souberem, que a escola até pode dar educação, mas esta “deverá ser transportada” sobretudo de casa;
É o não do autarca, porque a democracia pode elevar, e eleva as mais das vezes, por esse país fora, um qualquer cretino ao grau superior da incompetência;
É o não treinador, porque está mais preocupado com o seu êxito, do que com o êxito da equipa.
É o não do atleta, se não coloca acima de si mesmo o interesse do coletivo, seja ele equipa, clube ou associação;
É o não condutor que, apesar das campanhas continua, por má educação e formação cívica, a pensar que é o dono da estrada;
É o não empresário que acha que, quanto mais baixo for o salário mais o trabalhador produz;
É o não “tasqueiro” que, quando alguém lhe pede uma bica e um copo de água fresca, responde: “temos garrafinhas de água”!
É o não cliente que, come qualquer coisa com um sorriso nos lábios e, ao outro dia, volta para ser enganado de novo;
É o não político, que acha que todos lhe devem subserviência, apesar de ser o seu voto que lhe dá de comer;
É o não, imaginem quantos, das mais variadas atividades com quem já tropeçaram…e por tal, ficaram noites sem dormir:
Mas precisamos do SIM. SIM de credibilidade. De todos. Políticos, reformados da política, ou mesmo cidadãos comuns que, coloquem acima de si o interesse comum.
Eu sei que não existe sim…porque sim!
Se não existe porque sim, é porque sim que devemos dedicar, ao sim, parte do nosso dia.
Eu sou assim…porque sim. Seja também assim. Porque não?