O desafio é ver a cidade unida à volta da câmara para dizer em conjunto: “Nós conseguimos”

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Carlos Jorge Monteiro, Aníbal Rodrigues, Paulo Marques e Manuel Machado. FOTO AF

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Em duas palavras, como resume o seu regresso à Câmara de Coimbra?

[hesita] O resumo é sempre mais difícil de fazer do que a descrição exaustiva. Mas, em duas palavras: vida intensa.

Que herança recebeu do executivo anterior?

Gostei muito do que herdei porque é um legado que me foi transmitida pelo povo de Coimbra. O povo que me elegeu, permitindo-me continuar um projeto, que é um sonho, que se relaciona com a forma como vejo e como vivo Coimbra. Depois, claro, encontrei realidades diferentes, mas as circunstâncias e os tempos também são outros.

Que diferenças estabelece para a sua primeira passagem pela câmara?

No tempo em que exerci funções, primeiro como vereador e depois como presidente, as necessidades fundamentais do concelho eram de natureza infraestrutural. Havia uma carência enorme de coisas elementares como abastecimento de água potável… Foi preciso retirar o esgoto que corria a céu aberto na Casa do Sal; foi preciso resolver o problema de escolas que funcionavam em condições miseráveis, com crianças a terem de levar lenha de casa para acender as lareiras e poderem aquecer-se… Enfim, coisas que a gente já nem se recorda bem, embora tudo isto tenha sido ontem, quase. Portanto, houve que construir, com resultados que considero muito positivos, infraestruturas materiais, que marcaram e marcam os tempos seguintes.

Por exemplo…

Por exemplo, a avenida Fernão de Magalhães, que era uma estrada nacional e não tinha passeios. Por exemplo, quem passava na rua Ferreira Borges corria o risco de ser atropelado por um camião. Por exemplo, a Biblioteca Municipal estava instalada num vão impróprio para o arquivo notabilíssimo. Por exemplo, as estradas de Coselhas e Vale Figueiras eram caminhos de carros de bois, ou mesmo de pé posto…

O tempo de hoje é de um ciclo novo…

Sim. Tenho-o afirmado em várias circunstâncias e digo-o genuinamente. O novo entusiasmo que me faz ocupar este lugar é o de reconhecer que esta nova etapa é, ainda, a dos bens materiais e patrimoniais, para lhes dar um uso e uma função socialmente útil, mas é essencialmente a dos bens espirituais, ou morais, ou imateriais, que potenciem o que é preciso para o tempo de hoje: criar empresas e emprego, atrair investimento. Ou seja, valorizar Coimbra, promover o desenvolvimento e a afirmação de Coimbra.

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