Estudantes das repúblicas de Coimbra “calam” secretário de Estado da Cultura

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Manif Reitoria

O protesto de um grupo de estudantes, residentes em diversas repúblicas da Alta Universitária, marcou esta tarde, a par da chuva, a cerimónia evocativa do primeiro aniversário da classificação de Coimbra Património da Humanidade.

A sessão solene, marcada para o Páteo das Escolas, foi transferida para as arcadas da Via Latina, devido à chuva. Entre a assistência, destacou-se um grupo de estudantes repúblicos, empunhando cartazes e interpelando e interrompendo os oradores, recorrendo a linguagem rude e até a insultos.

As “provocações” estudantis fizeram-se sentir com particular intensidade durante a intervenção do presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado. Neste contexto, o orador seguinte – o secretário de Estado da Cultura, Barreto Xavier – recusou-se a falar.

Os estudantes reclamam, sobretudo, dos efeitos da nova Lei das Rendas sobre as casas comunitárias – nalguns casos, garantem, os aumentos de renda atingem os 700 por cento.

Para além disso, questionam os benefícios, para as repúblicas, da classificação da Alta Universitária na lista de Património da Humanidade da Unesco. Recorde-se que as repúblicas integraram a valorizaram a dimensão patrimonial, material e imaterial, do dossiê de candidatura de Coimbra.

Os manifestantes empunhavam um tarja em que se lia “Construir património destruindo direito à habitação!” e dois cartazes com as inscrições “Património da Humanidade ou património do capital” e “Nova lei do arrendamento. As Repúblicas já eram?”.

O reitor da Universidade de Coimbra, João Gabriel Silva, encerrou as intervenções sem que se registasse mais nenhum incidente. O mesmo aconteceu durante o discurso do antigo reitor Seabra Santos, que foi o primeiro interveniente a falar.

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