O abastecimento de água à cidade de Aveiro, parcialmente interrompido durante o fim de semana devido a rutura numa conduta, está normalizado, disse hoje o presidente da empresa Águas da Região de Aveiro (AdRA), Fernandes Thomaz.

“Desde as 21:00 de ontem [domingo], a AdRA começou a receber novamente água do sistema do Carvoeiro e tem estado a decorrer o enchimento de condutas e reservatórios, para seguir água para os clientes, pelo que a situação está completamente normalizada”, disse à Lusa o presidente da administração da empresa.

A AdRA é responsável pela distribuição domiciliária da água que é captada à superfície no rio Vouga pelo sistema intermunicipal do Carvoeiro, explorado pela Águas do Vouga.

Ao final do dia de sexta-feira, uma rutura na conduta que transporta a água “em alta” para Aveiro, ocorrida em Angeja, interrompeu o abastecimento, afetando durante todo o fim de cerca de metade da cidade de Aveiro.

“O que fizemos foi, desde logo, garantir que nas zonas mais críticas não haveria falta de água, nomeadamente no Hospital, que foi contactado para adotar medidas de racionalização. Colocámos todas as captações a funcionar na sua máxima capacidade, mas apenas garantem um quarto das necessidades”, explicou Fernandes Thomaz.

“Conseguiu-se que a água não faltasse em toda a zona baixa da cidade, nomeadamente na Vera Cruz e Glória, onde, quanto muito, houve alguma falta de pressão, mas noutras zonas mais altas a água faltou durante muito tempo e a ADRA só pode pedir desculpa aos seus clientes por não ter conseguido abastecer”, acrescentou.

Segundo Fernandes Thomaz, a interrupção deveu-se a uma rutura “na zona baixa de Angeja, na curva de uma tubagem de grande diâmetro, que esteve, durante o inverno, completamente submersa”.

O deslocamento de terras poderá estar na origem do incidente e uma primeira tentativa de reparação, feita no sábado, “não correu bem”. Quando o sistema do Carvoeiro voltou a injetar água na conduta, as soldaduras voltaram a ceder, o que obrigou novamente a interromper o abastecimento.

“A boa notícia é que temos a informação é de que as Águas do Carvoeiro têm prevista no seu plano de expansão, cujas obras estão a decorrer, uma conduta paralela a esta, que vai permitir que, se voltar a acontecer uma situação destas, haja um caminho alternativo para a água seguir”, concluiu.