Os Couple Coffee em Coimbra “Co’as tamanquinhas do Zeca”

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Os Couple Coffee cantam esta noite nas Quintas do Conservatório (de Música de Coimbra]. O DIÁRIO AS BEIRAS falou com Norton Daiello e Luanda Cozetti, filha de Alípio de Freitas, a quem Zeca dedicou uma canção homónima.

“Co’as tamanquinhas do Zeca” marcou de forma especial a relação dos Couple Coffee com o seu público. Esta reedição prova-o?

Luanda Cozetti (LC) – Acho que comemora a nossa relação com o público. Como gravamos este disco em 2007 e desde então nunca mais paramos de tocar e cantar o Zeca Afonso em todos os lugares, sentimos que ele estava “pedindo” para ser reeditado. Nos alegra ouvir o disco e perceber que depois de todos estes anos ele não perdeu o frescor, a novidade…

Norton Daiello (ND) – A relação com o público começa ainda no primeiro álbum “Puro”, aonde o conceito baixo-e-voz aparece e com o qual fizemos muitos concertos em duo…com este álbum sobre o Zeca incorporamos o quarteto e chegamos a lugares aonde ainda não tínhamos chegado, isso aumentou nossa visibilidade e a curiosidade sobre o quê sairia desta mistura improvável…acho que foi com este álbum que fomos realmente entendidos e definitivamente acarinhados.

Esta reedição também não é estranha à passagem dos 40 anos sobre o 25 de Abril?

 LC – Deve ser alguma sintonia que nós temos com o Universo! (risos) mas a verdade é que só nos apercebemos que este ano se comemoravam os 40 anos desta data tão querida para mim, quando já estávamos gravando as novas versões… se acreditarmos no acaso, então existem acasos felizes. Se não acreditamos no acaso e achamos que tudo tem um propósito, então celebrar o 25 de abril com o meu pai Alípio de Freitas cantando e finalmente gravar a canção que o Zeca fez para o meu pai é uma forma muito boa de ser feliz!

ND – Aconteceu o mesmo com “Co’as tamanquinhas do Zeca!” em 2007, havia uma comemoração aonde muitos cds sobre o Zeca saíram simultaneamente mas nós não sabíamos de nada, apenas começamos a gravar o cd por ser um projeto e uma vontade de sempre, foi coincidentemente o primeiro trabalho a sair naquele ano. Agora acontece o mesmo, fizemos a reedição pra comemorar muitas coisas e gravar as participações e as músicas novas sem pensarmos em qualquer data, a história se repetiu pois durante o processo soubemos da coincidência das comemorações…Quisemos gravar finalmente “Alípio de Freitas” (com Júlio Pereira) e “Traz outro Amigo também” com o próprio Alípio e Zé Peixoto, estas são as novas faixas e as novas participações desta reedição comemorativa e limitada.

O que é que a música e a poesia de José Afonso têm de tão especial para os Couple Coffee que soa tão bem na voz de Luanda Cozetti?

LC – Essa eu vou deixar só pro Norton responder! (risos)

ND – Com sua voz e sua sensibilidade para “explicar” e “decifrar” a letra e a palavra, bastou Luanda cantar a essência do Zeca e suas melodias para tudo ficar belo ao natural.

Este concerto em Coimbra tem um significado especial?

LC – Sempre tem. Gostamos muito de nos apresentar em Coimbra. Os concertos sempre são calorosos, receptivos, além de nós termos muitos amigos amados na cidade e redondezas. depois já não é segredo pra ninguém que eu tenho um “fraquinho” pelo rio Mondego.

 ND – Será o nosso primeiro concerto em trio com o excepcional Zé Peixoto na guitarra e com o grande Rui Pato dando-nos esta honra de participar. Vão ser grandes momentos com certeza.

E estar em palco com Rui Pato, músico que acompanhou José Afonso?

LC – É uma honra para nós. Mesmo. O Zeca e o Rui construíram uma linguagem única na música popular portuguesa. Imaginem a alquimia entre aquele homem cheio de novas ideias e um rapaz com enorme talento e curiosidade… só podia dar no que deu. ara mim, o início de tudo.

ND – Um sonho concretizado.

 

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