Familiares de mineiros que morreram de cancro depois de terem trabalhado na Empresa Nacional de Urânio (ENU) partiram hoje para Bruxelas para reclamar o pagamento de indemnizações.
É uma delegação de 25 antigos trabalhadores e familiares de colegas falecidos, alegadamente devido à exposição à radioatividade. Saíram a pé da Urgeiriça na manhã desta segunda-feira, a caminho de Nelas, onde entraram no autocarro que os está a levar a doestino.
Levam uma faixa negra com a inscrição “Associação de Trabalhadores das Minas de Urânio (ATMU), vítimas de radioatividade, a luta continua”.
Os antigos trabalhadores da ENU lutam há vários anos para que sejam pagas indemnizações aos familiares dos colegas que morreram com cancro.
“Vamos a Bruxelas com dignidade mostrar a nossa razão”, disse o presidente da ATMU, António Minhoto, culpando o Estado português “de todas as mortes que assolaram a família mineira”, uma vez que a ENU era uma empresa pública. O porta-voz do movimento acredita que terão morrido nestas circunstâncias cerca de 150 trabalhadores.