Opinião – Relações de respeito entre Estados soberanos

Posted by
Spread the love

LUIS SANTARINOLuís Santarino

Existe uma preocupação latente entre os portugueses. Até onde nos levam as atitudes irresponsáveis de quem tem a obrigação de defender o cidadão comum. Não, neste caso não me estou a referir ao Governo. Seria de bom grado, creiam, que opinaria. É um lugar comum dizer que é muito fraco.

Preocupa-me que o último reduto da defesa do cidadão, a justiça, esteja tão mal representada e com tanta falta de juízo.

Regressei de Angola faz dois dias. Lá fiz mais amigos e conheci mais uma “mão cheia” de portugueses que estão fartos de aturar inconscientes.

A relação entre os nossos dois países deverá ser de profundo respeito. Angola tem uma bandeira e um hino, sinal de que é um país independente que se rege por regras que só aos próprios diz respeito.

Os portugueses que lá trabalham estão muito tristes com o “mau aspeto” em que se transformou a justiça portuguesa. Lá que se defendam uns aos outros em sindicatos de legalidade duvidosa, vá que não vá. Que todos queiram falar de tudo, até do que não sabem, tolera-se porque já estamos habituados. Que, mal lhes estendem um microfone mais parecem um “violino desafinado”, é lá com eles. Mas agora, colocar em causa milhares de postos de trabalho e, mais do que isso, a confiança que o Estado Angola tem nos portugueses, já a todos nós diz respeito.

Muito tristes estão todos, ou quase todos, porque se ama ainda mais a nossa Pátria quando se está longe. Muitos, mesmo muitos, estão longe da família, alguma dela constituída recentemente.

Gostaria que sentissem, como eu senti, o abraço de uma mulher, jovem mulher e o seu filho, ao marido que regressava a Portugal por um curto período de férias. É verdadeiramente emocionante. Não é preciso ser um “sentimentalão” para perceber o que ia naqueles corações! Quem não gosta de chorar de alegria?

Uns, os que acham que pensam Portugal e a justiça, acham que isto é irrelevante. Prestam-se e prestam um mau serviço a Portugal, quando de forma despudorada se atrevem a tecer considerações sobre altas figuras do Estado Angolano.

As relações entre Estados soberanos devem ser tratadas em espaço próprio sem intervenção estranha e duvidosa. Hoje, agora, eu tenho sérias dúvidas sobre as qualidades e qualificações de quem gere a informação e comunicação em Portugal. Todos têm a mania que devem ser juízes e justiceiros.

Que pena!

Portugal, que deveria ser um, e o exemplo do mundo é sempre notícia pelos piores motivos. Quem como nós, os nossos antepassados, ajudaram a erguer a civilização ocidental, que fomos os primeiros atores da globalização, caímos em todas as “esparrelas”!

Chega de ser mixordeiro. Basta de tanta hipocrisia e estupidez.

One Comment

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

*

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.