Joaquim Gil

Tenho andado pelo triângulo Figueira – Coimbra – Bairrada e no percurso fui olhando e refletindo na mensagem da propagando eleitoral autárquica.
Na Figueira um “avança com confiança” e o outro vai com a Figueira “p’rá frente”, pois então. Olhando o mar do Cabo Mondego, aconselho o eleitor a deixá-los “avançar com confiança” “p’rá frente” esperando, em terra, pelo resultado…
Em Montemor um vai “fazer mais” e o outro vai “fazer melhor”, está bem de ver. Pena que não tenha vindo um que faça mais e melhor!
Em Coimbra um quer “valorizar” a cidade, o que outro acha só será possível “juntos”. Eu que não sou de ajuntamentos creio que, de facto, Coimbra perdeu peso relativo, se deixou desvalorizar, mas, olhando os símbolos dos cartazes, interrogo-me se não estou a ver os responsáveis da desdita.
Pela Bairrada quase todos os candidatos são pelas pessoas, vão e estão com elas e um até está com o concelho, embora eu veja a indiferença nas pessoas e tenha a certeza de que o concelho se está nas tintas…
Um candidato houve, porém, que avança apenas e só com a fotografia e o nome para a presidência de uma junta. Ora aí está, um cidadão que quer ser candidato, tem a vontade e o desejo de o ser. Ele não está com subterfúgios, com fantasias, não vende promessas vãs, nem ilusões não cumpríveis, ele, imagine-se, nem sequer diz sacrificar-se e à família (ora bem!) pela causa pública – ele quer ser presidente da junta!
Este não engana, temos homem!