Opinião – O eleitoralismo

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PEREIRA DA COSTAPereira da Costa

Tenho assistido com particular desilusão à forma como o executivo municipal figueirense tem atuado na reta final do mandato autárquico. Um mandato tem, aproximadamente, 48 meses e lamento que o grande fulgor seja atingido apenas nos últimos seis.

A Figueira tem sido borrifada com pequenas intervenções na pavimentação e pintura de ruas, a Gala dos Pequenos Cantores acontece apenas no último ano de mandato, a inauguração da envolvente do Forte de Santa Catarina atrasou um mês e outras intervenções foram tidas apenas agora, que as eleições se aproximam. Confiei que este executivo traria um diferente conceito de rigor e moderação em período eleitoral.

Apesar das diferenças que nos distinguem, acreditei que neste período teríamos uma maior moderação e um controlo mais efetivo do ímpeto eleitoralista.

A afixação de outdoors que revelam uma ideia irrealista para requalificação do areal urbano (orçada em 102 milhões de euros) revela o contrário. Revela a procura de votos a qualquer custo e uma tentativa de iludir o eleitorado, apresentando uma ideia quase um ano e meio após a sua apresentação como vencedora do concurso.

Esta gestão não me parece ser a correta e leva-me a crer que o atual presidente da câmara, ao contrário do que afirmou, se comporta como um político profissional (no sentido depreciativo da expressão), com promessas irrealistas na campanha eleitoral de 2009 e com uma atitude exacerbada de eleitoralismo na pré-campanha de 2013. Exigia-se que o rigor e a contenção populista fossem maiores nesta altura de decisão do futuro do concelho.

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