Centros comerciais de segunda linha de Coimbra estão em agonia

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01 GALERIAS AVENIDA 01 CJMOs proprietários de lojas nos centros comerciais construídos nas décadas de 1980 e 1990 em Coimbra queixam-se da falta de “lojas âncora” e do “excesso de grandes superfícies” na cidade.

“Antes, isto era um movimento doido e agora é um deserto, só com lojas fechadas”, contou José Cunha, empregado de um quiosque no 1.º andar do Centro Comercial Avenida, apontando para o placar do rés-do-chão que anuncia as lojas e que “agora tem lá tão poucas placas”.

O centro comercial Golden, segundo Gonçalo Matos, um dos proprietários de um café no edifício, “mudou muito” e que “a sorte do café é ter clientes fiéis”.

“Começou a entrar em decadência quando abriu o centro comercial Avenida. Depois, nasceu o Fórum e tirou o que restava”, disse Gonçalo Matos à agência Lusa, constatando que, “apesar das rendas serem mais baixas uns 50%, as lojitas que para aí vêm morrem logo à nascença”.

Maria de Clara Andrade “resiste” nas Galerias Topázio, onde está há 12 anos, observando que no rés-do-chão estão “pouco mais” do que cinco lojas. A proprietária de uma loja de tapetes afirma que, “mesmo com as rendas a baixarem dos 400 euros para os 100 euros, não vem para cá ninguém”.

Carlos Pinto, administrador das galerias, informou que “95% das lojas estão fechadas”, contestando a construção de “grandes centros comerciais, como o Dolce Vita, o Fórum e o Coimbra Shopping”, e afirmando que “essa é a crise” e que “três centros é um exagero para uma cidade tão pequena”.

João Tavares, administrador do Centro Comercial Sofia, partilha da opinião de Carlos Pinto, apesar de considerar que as “pessoas estão deprimidas, sem capacidade para novos negócios e novas perspetivas”.

Marisa Gaspar saiu do Centro Comercial Tropical, em Celas, “que era uma autêntica pasmaceira”, para o Gira-Solum, onde confia que irá permanecer: “se já está de pé há quase 30 anos, dificilmente vai abaixo agora”.

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