Demissão do Governo, dissolução da Assembleia da República, eleições já! Palavras de Paulo Portas : “1. Apresentei hoje de manhã a minha demissão do Governo ao primeiro-ministro. 2. Com a apresentação do pedido de demissão, que é irrevogável, obedeço à minha consciência e mais não posso fazer. (…) 5. Ficar no Governo seria um acto de dissimulação”.
Recapitulemos:
Segunda-feira, 1 de julho, 16h30: Vítor Gaspar, Ministro das Finanças, demite-se;
Terça-feira, 2 de julho, 17h00: Paulo Portas, Ministro dos Negócios Estrangeiros, demite-se;
Terça-feira, 2 de julho, 20h15: Passos Coelho, Primeiro-Ministro, “não me demito, não abandono o meu país”;
Quarta-feira, 3 de julho, in Diário Económico: “Empresários e banqueiros recusam eleições antecipadas”;
Quarta-feira, 3 de julho, 18h30: milhares de pessoas no Porto, Lisboa e Évora, em desfiles convocados pelo PCP, exigem a demissão do Go-verno, a dissolução da Assembleia da República e eleições legislativas;
Sábado, 8 de julho, 15h00: milhares de portugueses exigem em Belém, numa manifestação convocada pela CGTP-IN, demissão do Governo, eleições antecipadas já!
Em conclusão, o Governo está podre por fora e por dentro, e os grupos económicos e financeiros tentam a todo o custo mantê-lo ligado à máquina porque é seu fiel servidor. Gostariam os ricos e poderosos deste país, que a aplicação das medidas do Pacto de Agressão da Troika de empobrecimento e exploração continuasse.
Mas as mulheres e homens deste país não baixam os braços porque valeu e vale a pena! Todas as lutas, as pequenas e as grandes, desenvolvidas pelas populações, pelos trabalhadores, pelos estudantes e pelos jovens, de norte a sul do país, ao longo destes dois anos valeram a pena.
Porque foi a luta de todos os dias nas empresas e na rua, foi essa luta maior que foi a Greve Geral que abalou irremediavelmente o Governo, minou a sua credibilidade política e o isolou socialmente.
Foi e será a força da luta que, hoje e nos próximos dias, derrotará e enterrará definitivamente um Governo obcecadamente agarrado ao poder e obrigará, queira o Presidente da República ou não, à dissolução da Assembleia da República e à convocação de eleições.
Está nas mãos dos trabalhadores e do povo romper com o rumo de desastre nacional, abrir caminho a uma política alternativa patriótica e de esquerda. Com o reforço do PCP e da CDU, com a luta dos trabalhadores e do povo, é possível virar a página deste livro negro da política de direita e da alternância sem alternativa.
1 http://www.publico.pt/politica/noticia/o-comunicado-de-demissao-de-paulo-portas-na-integra-1599019
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