Diretores de escolas secundárias de Coimbra dizem  que ainda estão a aguardar instruções do Ministério da Educação sobre procedimento para os exames marcados para segunda-feira.

Amélia Loureiro, da Escola Jaime Cortesão, explicou que a instituição pondera convocar “todos os professores que não tenham serviços já distribuídos para essa manhã”, mas que ainda não o fez. “Aguardamos instruções da tutela”, disse.O diretor da Escola Secundária José Falcão, Paulo Ferreira, também disse aguardar “instruções da tutela que recorreu da decisão do colégio arbitral sobre os serviços mínimos”, mas assumiu que fará a convocatória.

“Todos os professores estão ao serviço da escola e temos de fazer o que estiver ao nosso alcance para que tudo decorra na normalidade. Caso contrário, podíamos ser chamados à atenção por parte da tutela pelo facto de não terem decorrido exames quando existiam professores em número suficiente para os assegurar”, sublinhou.

Outro responsável por uma escola secundária de Coimbra, que optou por não ser identificado, reconheceu que “a incerteza atrasa a planificação” e lamentou que o Ministério da Educação não responda a questões da instituição, “por mais básicas que sejam”.

Entretanto, o ministro da Educação, Nuno Crato, afirmou que os professores vão vigiar os exames marcados para segunda-feira, dia de greve, e que as orientações dadas às escolas vão nesse sentido.

O Ministério da Educação decidiu recorrer para o Tribunal Central Administrativo (TCA) da decisão do colégio arbitral que optou por não decretar serviços mínimos para a greve de professores que coincide com o primeiro dia de exames nacionais do Ensino Secundário.