O arrendamento de casa de férias de verão na vila de Buarcos, Figueira da Foz, por períodos de 15 dias ou um mês, é um luxo que os turistas abandonaram, optando por uma semana ou poucos dias, revelam proprietários.
A vila piscatória de Buarcos sentiu menos do que a sede do concelho a quebra no arrendamento sazonal de casas de férias – explicada, nas duas últimas décadas, pela construção e compra de segunda habitação, em detrimento do arrendamento – e, em especial na zona em redor da igreja matriz de São Pedro, sucedem-se anúncios em portas e janelas, mesmo se o negócio enfrenta dificuldades.
“Está mau, muito mau, mais mau não pode estar. Há pouca gente para alugar, não há dinheiro, as pessoas não vêm”, disse à agência Lusa Maria Saldanha, 85 anos e décadas de experiência no arrendamento de moradias de verão.
Se antes os acordos eram feitos ao mês ou 15 dias, agora os períodos não ultrapassam uma semana, ou ficam-se por dois ou três dias.
“Alugo quase sempre à semana. Tinha muitos clientes habituais, até do estrangeiro, agora é muito raro virem. Este ano ainda ninguém me ligou, está difícil mesmo”, adiantou Maria Saldanha.
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