Por que é que a internet é tão vulnerável?
Por causa das mentalidades e da falta de formação de muitos utilizadores.
Os utilizadores acham que o mal só acontece aos outros?
Sim. E acham que podem clicar onde lhes apetece e que nunca vai acontecer nada. (…) Os antivírus também são vulneráveis. Existem milhões de vírus que só são detetados dois anos depois de estarem em atividade. O que falta é um organismo que controle e que aposte na formação dos jovens (sobre a utilização segura da internet).
Tem feito palestras nas escolas. É por aí que se deve começar?
Sim. Deve ensinar-se aos jovens esta matéria. É interessante, porque alguns vêm ter comigo, colocando-me questões.
Os antivírus são todos iguais?
Talvez… Podemos sempre ter um computador protegido sem termos antivírus. Eu não uso antivírus, mas porque uso sistemas operativos alternativos, como o Linux ou o “Mac”. Devemos ter o cuidado de não clicarmos em tudo o que vemos e termos os programas sempre atualizados.
No jogo do gato e do rato, os piratas estão sempre à frente…
Estão, por causa das infraestruturas e do tempo. Os piratas têm muito mais tempo (para se dedicarem à atividade e à aprendizagem). Se calhar, a polícia não deve ter meios nem recursos humanos para combater contra tantos piratas. É como se fosse uma guerra.
Qual é o perfil do pirata informático?
A maior parte das vezes, é muito inteligente. Mas tanto pode ser um jovem de 15 anos como uma pessoa de 70 anos. Têm de ter bases de programação, mas a internet fornece toda a informação e há livros sobre o tema.
Há cada vez mais processamento de documentos e transações através da internet. Os sistemas são seguros?
Acredito que os governos e os responsáveis pelos websites tenham algum controlo e alguma segurança, mas, ao mesmo tempo, fica aquele sentimento de insegurança.
Os utilizadores de telemóveis e tabletes negligenciam mais a proteção destes equipamentos do que a dos computadores?
Sim. Mas por falta de informação.
Esta entrevista poder ser ouvida na íntegra na Foz do Mondego Rádio (99.1 FM), hoje, às 21H00, e em podcast na página www.asbeiras.pt.
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