Opinião – Coimbra C

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ANTONIO JORGE PEDROSA

António Jorge Pedrosa

Ao ler os jornais do dia, sou surpreendido com uma notícia. Ao contrário do que foi anunciado com a divulgação do Plano Estratégico de Transportes em outubro de 2011, que previa a supressão do serviço de passageiros entre Caldas da Rainha e Figueira da Foz, a Linha do Oeste vai continuar a funcionar e os horários dos comboios vão sofrer uma revolução, a acreditar na solução apresentada pela CP.

Essa solução prevê, entre outras coisas, que a Linha do Oeste assuma uma vocação de longo curso, a norte das Caldas da Rainha, onde consegue competir com a rodovia transportando mais rapidamente passageiros para o Centro e Norte do país. Como? Colocando a cidade de Coimbra como o início e o fim daquele corredor ferroviário e ligando-o à Linha do Norte. Por outro lado, a CP deixa de fazer serviço em muitos dos apeadeiros da Linha do Oeste, com o objetivo de eliminar paragens que saem caras e encurtar os tempos de viagem. Portanto, salva-se a linha. Menos mau.

No entanto, olho com desconfiança para a solução encontrada para a Figueira da Foz. Da pouca informação que foi divulgada, só se apura que de Coimbra para a Figueira deverá ocorrer o transbordo de passageiros. A fazer fé no histórico das relações políticas entre as duas cidades, onde predominou a falta de soluções conjuntas, temo que alguns políticos de Coimbra mantenham a vontade em fazer de conta que a Figueira da Foz, continue a ser uma espécie de coutada privada de férias com o nome de “Coimbra C”. E que alguns políticos da Figueira o aceitem!

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