As pautas dos exames nacionais de 2012 referentes à Escola Básica Castro Matoso, em Oliveirinha, com notas acima da média, enganam uma realidade social preocupante às portas de Aveiro.

Grande parte dos alunos daquela escola vencem, com a ajuda dos professores, sortilégios da vida que os iriam atirar para a fatalidade do insucesso escolar, não fora o gosto de aprender que é cultivado na sala de aula, a entreajuda dos melhores alunos, o ouvido e a palavra de afeto dos professores.

O contexto da escola é bastante desfavorecido, como descreveu à Lusa o seu diretor, Carlos Alberto Lopes. A freguesia já teve indústrias de alguma dimensão que foram encerrando com a crise, lançando os pais no desemprego.

“Neste momento não tem quase nenhuma. Grande parte das pessoas vive da agricultura de subsistência, muita gente recebe o rendimento de inserção social e temos muitas crianças que necessitam de suplementos porque as famílias passam dificuldades”, retrata o professor. Na zona têm-se fixado famílias já em dificuldades económicas porque encontram em Oliveirinha casas de rendas mais baratas, mas mesmo assim, não conseguem fazer face às despesas do dia-a-dia.

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