Quando se discutia, no final da década de 1980, a construção de uma nova escola do ensino secundário, na zona sul do concelho, as hipóteses em estudo passavam por Ceira e Almalaguês. Já então havia, como alternativa, uma proposta de instalação de um colégio particular. A opção política, como se sabe, acabou por ser a de levar o ensino público para Ceira.
Da parte de Almalaguês, houve na altura várias iniciativas no sentido de “conquistar” a escola pública. Uma delas foi protagonizada pela ADCA [Associação Desportiva e Cultural de Almalaguês], cuja direção manteve diversas reuniões com o governador civil de então – Carlos Loureiro. Para a escola, a ADCA disponibilizou um terreno, no vale da Milheiriça, e ofeceu ainda as suas instalações desportivas apenas tendo como contrapartida a utilização, à noite e ao fim de semana, do pavilhão do futuro liceu. “A proposta foi bem aceite mas, um dia, fomos surpreendidos com uma decisão contrária: a EB 2,3 vai para Ceira, o instituto particular ficava em Almalaguês e ponto final”, conta o presidente da junta, Victor Costa, que integrava a direção da ADCA.
Hoje, porém, a presença do Instituto Educativo de Almalaguês é fundamental para a freguesia, não apenas pela sua qualidade mas também porque permite que uma criança possa fazer perto de casa toda a sua formação até à entrada no ensino superior. “Só assim se garante a preservação da nossa identidade e ligação à terra, para o que, aliás, o instituto tem também sabido contribuir”, refere.
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