Juíza do processo “Face Oculta” agrava medidas de coação de Manuel Godinho

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A juíza Raquel Ferreira Neves, titular do caso “Face Oculta“, agravou as medidas de coação de Manuel Godinho, exigindo o pagamento de uma caução no valor de 100 mil euros, disse esta segunda-feira à Lusa fonte ligada ao processo.

Segundo a mesma fonte, o Ministério Público (MP) promoveu a agravação da situação coativa do sucateiro, por este ter violado uma das medidas de coação a que estava sujeito, nomeadamente a proibição de contactar com outros arguidos no processo.

Em declarações à agência Lusa, o advogado Artur Marques, que defende Manuel Godinho, disse que o seu cliente “foi visto a almoçar com Jorge Saramago”, funcionário administrativo da O2, uma das empresas do sucateiro, e coarguido no processo.

Além do pagamento da caução de 100 mil euros, o principal arguido do processo “Face Oculta” ficou ainda sujeito a apresentações diárias às autoridades policiais, em vez de apresentações bissemanais.

Manuel Godinho, o único dos arguidos neste processo que chegou a estar detido preventivamente, está também proibido de se ausentar da sua área de residência (Esmoriz) e de contactar outros arguidos e testemunhas do processo.

O advogado de Manuel Godinho já recorreu desta decisão para a Relação de Coimbra a pedir a revogação de todas as medidas de coação.

Em dezembro passado, o MP aceitou o fim das medidas de coação dos principais arguidos no processo, com exceção de Manuel Godinho e Namércio Cunha, ambos do núcleo de acusados por associação criminosa.

O julgamento do processo “Face Oculta” prossegue na terça-feira com a realização da 146.ª sessão, estando prevista a audição de mais três testemunhas arroladas pelo Ministério Público.

O processo “Face Oculta” está relacionado com uma alegada rede de corrupção, que teria como objetivo o favorecimento do grupo empresarial do sucateiro Manuel Godinho, nos negócios com empresas do setor empresarial do Estado e privadas.

Entre os arguidos estão personalidades como Armando Vara, antigo ministro e ex-administrador do BCP, José Penedos, ex-presidente da REN, e o seu filho Paulo Penedos.

 

Texto Agência Lusa

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