Opinião – Taxa de desemprego histórica!

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João AzevedoJoão Azevedo

O desemprego em Portugal já atinge 923 mil pessoas. Os números divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que a taxa de desemprego pulou para os 16,9% no último trimestre de 2012, valor que compara com os 14% apurados no final de 2011.

A evolução do desemprego ao longo do último ano e os números do último trimestre ameaçam as previsões do Governo para o corrente ano. No Orçamento do Estado, o executivo espera fechar 2013 com uma taxa de desemprego de 16,4%. Comparando com o último trimestre de 2011, o INE dá conta de mais 152 mil desempregados. A população empregada continuou a cair e está no nível mais baixo dos últimos 20 anos. De acordo com o INE, havia 4531,8 mil pessoas a trabalhar, o que representa uma diminuição homóloga de 4,3% e trimestral de 2,7% (menos 203,6 mil e 124,5 mil pessoas, respetivamente).

 

GOVERNO FALHA PREVISÕES DE DESEMPREGO!

O INE divulgou também a taxa de desemprego média anual, que chegou aos 15,7%, furando as previsões do Governo em 0,2 pontos percentuais. A equipa de Pedro Passos Coelho e o próprio relatório do Fundo Monetário Internacional apontavam para uma taxa anual de 15,5%. Em termos anuais, a população desempregada foi de 860 mil pessoas, tendo aumentado 21,8% em relação a 2011. A população empregada registou um decréscimo anual de 4,2%.

Face a estes dados, o primeiro-ministro reage afirmando que o desemprego está em linha com as previsões do governo. Certo é que as previsões do governo falham e falham logo no início do ano. As políticas de austeridade a todo custo conduziram o país a uma escalada do desemprego que afeta mais de 1 milhão de portugueses se tivermos em conta o desemprego real. Este é o preço que estamos a pagar por um ajustamento que não teve em conta os portugueses, o país.

O desemprego é um problema muito grave e que afeta o desenvolvimento harmonioso do estado social. A tendência ascendente do desemprego, atingindo máximos históricos sucessivos, tem um único responsável: o atual governo sustentado pela maioria parlamentar do PSD/CDS-PP.

Tocaram as campainhas de alarme em Lisboa. Durante meses a fio, o Partido Socialista veio afirmando que eram necessárias medidas para combater o desemprego e incentivar o crescimento económico. O governo optou por um comportamento autista. Hoje, pode ser tarde demais. O desemprego atinge valores históricos e a economia não dará certamente sinais de retoma nos próximos tempos. Economia e emprego, dois vetores fundamentais em qualquer plano de desenvolvimento estratégico de um país, foram ignorados pelo atual governo e trocados pela austeridade sobre austeridade. O resultado está à vista! Um problema social gravíssimo e de consequências imprevisíveis e um governo incapaz de resolver um problema que ele próprio criou.

Não foi por falta de aviso.

 

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