O tribunal de Estarreja absolveu hoje um ex-sargento do Exército, de 40 anos, que estava acusado de ter tentado matar um GNR, durante uma operação de fiscalização de trânsito.
O tribunal decidiu condenar o arguido a dois anos e três meses de prisão, com pena suspensa, pelos crimes de condução de veículo em estado de embriaguez, detenção de arma proibida e uso e porte de arma sob o efeito de álcool.
O arguido, que ficou inibido de conduzir por oito meses, foi ainda absolvido de um crime de falsidade de declaração.
Os factos remontam a abril de 2011, quando o homem foi apanhado a conduzir embriagado um automóvel ligeiro de passageiros, em Avanca, Estarreja.
Após a realização do teste de alcoolemia, o condutor acusou uma taxa de 2,07 gramas por litro de álcool no sangue.
Segundo a acusação, o arguido foi buscar um revólver que tinha no veículo, apontando-o ao peito de um dos militares e premindo o gatilho.
Apesar de a arma estar municiada, não foi feito qualquer disparo, já que a câmara do tambor estava vazia.
O Ministério Público considera que o arguido previu e sabia ser possível vir a efetuar o disparo de um projétil contra o ofendido, atingindo-o em órgãos vitais e causando a sua morte, o que só não ocorreu por “mero acaso”.
“O arguido sabia que a arma estava municiada com cinco munições e que uma das câmaras do tambor se encontrava livre, mas não tinha a certeza de que era esta câmara que estaria na posição de percussão, ao premir o gatilho, nem podia ter pois não verificou a posição da mesma antes de o premir”, lê-se na acusação.
Durante buscas realizadas posteriormente à casa do arguido, as autoridades vieram ainda a apreender uma arma de alarme alterada.
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