O presidente da Câmara da Pampilhosa da Serra, José Brito, defendeu ontem que a unidade de cuidados continuados da vila deve “abrir as portas rapidamente”, para não causar “mais prejuízos” ao concelho.
A unidade de cuidados continuados da Santa Casa da Misericórdia “está preparada para acolher de imediato” os potenciais utentes, disse José Brito à agência Lusa, frisando que as instalações já foram devidamente equipadas.
“É necessário que a unidade abra as portas o mais rapidamente possível. Só falta o Governo dar luz verde para a sua integração na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI)”, adiantou.
O autarca social-democrata alertou que o arrastamento do processo de abertura “está a causar prejuízos” à Santa Casa da Misericórdia e às populações do concelho.
Por proposta de deputados do PS, a Assembleia da República aprovou uma resolução, publicada na terça-feira no Diário da República, recomendando ao Governo “a abertura e o funcionamento das unidades de cuidados continuados já concluídas ou em fase de conclusão”, a partir do início deste ano.
A RNCCI foi criada, em 2006, “com o objetivo de prestar cuidados de saúde e sociais às pessoas idosas e em situação de dependência”.
“Mais uma urgência”
A abertura da unidade da Pampilhosa da Serra “é mais uma urgência” do concelho, disse o presidente da Câmara, que realçou o facto de “não haver oferta próxima” neste domínio.
“Estou convencido que abrirá dentro de pouco tempo”, referiu, explicando que ele próprio já participou em reuniões com a Administração Regional de Saúde do Centro e a Segurança Social, no sentido de agilizar o processo, iniciado com “um compromisso do anterior Governo”.
A Câmara Municipal ajudou na construção da unidade local de cuidados continuados, ao nível logístico e da realização de alguns trabalhos, tendo ainda concedido um apoio financeiro na ordem dos 350 mil euros, segundo José Brito.
“Milhares de portugueses estão a ser deixados sem tratamento adequado por falta de lugar na RNCCI e muitos outros estão a ser tratados de forma inadequada em hospitais de agudos, aumentando os riscos para a sua saúde e fazendo disparar a despesa pública”, referiam Manuel Pizarro e outros deputados socialistas no projeto de resolução.
O texto aludia a “inúmeros casos de unidades de cuidados continuados que, estando prontas a entrar em funcionamento, veem esse processo protelado porque o Ministério da Saúde se recusa a autorizar” a sua abertura.
A Lusa tentou contactar o provedor da Santa Casa da Misericórdia da Pampilhosa da Serra, António Sérgio, o que não foi possível.
Agência Lusa