Os cinco séculos de biblioteca que a Universidade de Coimbra e o país celebram são, certamente e pelo menos, mais dois. Quer isto dizer que, contando a universidade sete séculos, não é de supor 200 anos de estudo geral sem livros.
Mesmo porque, é esta é uma verdade sem contestação, não há universidade sem biblioteca, significando esta sabedoria e pensamento.
Estes cinco séculos que agora se celebram, significam, portanto, a “certificação” da chamada “casa da livraria”, num documento de 1513 que não apenas lhe atesta a existência, mas ainda dá a conhecer os cuidados que o reitor João Alvarez lhe dedicava (mandando reparar um cano em mau estado) e as benfeitorias a que estava obrigado (com a compra de 100 cruzados em livros a cada triénio).
Ontem, na cerimónia inaugural da comemoração dos 500 anos da Biblioteca da Universidade, José Augusto Cardoso Bernardes, diretor da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra (BGUC), a sua herdeira direta, destacou estes que são factos significativos de uma história rica e fundadora.