Reitor diz que a subida de propinas preconizada pelo FMI é “socialmente injusta”

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Foto Gonçalo Manuel Martins

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O reitor da Universidade de Coimbra (UC), João Gabriel Silva, afirma que “uma subida substancial das propinas”, como preconiza o FMI, “seria socialmente um desastre”.

“Uma subida substancial” do valor das propinas do ensino superior, “como está no relatório do FMI (Fundo Monetário Internacional), seria muito negativo”, sublinhou João Gabriel Silva, que falava à agência Lusa, à margem da sessão da apresentação do mais recente número da revista ‘Rua Larga’, inteiramente dedicado à candidatura daquela universidade a Património Mundial.

Mas “a maior parte das medidas do FMI não serão concretizadas”, sustentou o reitor da UC.

“Portugal continua a estar muito abaixo dos níveis europeus de qualificação superior” e, adverte João Gabriel Silva, “não é, seguramente, sem qualificação” que o país “vai sair da crise”.

Além disso, salientou, “não está em causa uma subida das propinas”, mas apenas a possibilidade de atualização do seu valor, em função da inflação.

De acordo com os dados do INE (Instituto Nacional de Estatísticas), Portugal registou, no ano passado, uma taxa média de inflação de 2,8%, que representará o aumento da propina máxima das universidades públicas de 29 euros (de 1.037 para 1.066 euros).

“O que está na mesa é a habitual atualização” do montante das propinas “de acordo com a inflação”, assegurou.

Trata-se “apenas de um processo automático”, sem “nenhuma alteração qualitativa” e que “nem exige deliberação dos órgãos” universitários respetivos, adiantou o reitor da UC.

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