Opinião – Nochevieja

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João Vaz

As estradas secundárias em ótimo estado, bem sinalizadas, entrámos em Espanha. Cáceres, ali a 100 km de Portalegre, o comércio local fervilha no dia 31 de dezembro, muita gente nas ruas, a “movida diurna”. Respira-se festa, apesar da “crise”. Isto na província mais pobre de Espanha, a Extremadura que vive da pecuária e agricultura.

As mercearias “antigas” merecem uma visita: tradição, bom serviço e honrando o produto da região, penduram dezenas de “jamón” ao alto, a escorrer gordura, uma visão tão insólita quanto típica. Nas “taperías” degusta-se queijo e calamares, entre tapas e bocadillos, num ambiente quase familiar. Os preços são acessíveis, uma refeição completa custa 10 euros, um “desayuno” fica por três euros com sumo de laranja natural incluído.

O jornal de direita “La Razon”, amigo da família e da liberdade, anuncia com grande destaque: “2013: camino a la recuperación”. O editorial assume o otimismo, “Razones para la esperanza”, e logo a seguir uma explicação: “Apenas uma docena de bancos ha sobrevivido a la reforma del setor”. Talvez devêssemos olhar mais para Espanha, e copiar o que é bom, a começar pelo otimismo.

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