Ontem, finalmente, todos os media nos acompanharam em novos sinais de esperança. Anteontem fomos aos mercados, após quase dois anos de interregno, e ultrapassando todas as expectativas, mesmo as mais otimistas, conseguimos “vender” 2,5 mil milhões de euros de dívida a cinco anos, a uma taxa inferior a cinco por cento, o que já não acontecia desde 2010. Para uma procura que ultrapassou os dez mil milhões, é óbvio que Portugal passou a ser visto como um país credível. Simultaneamente, e no mesmo dia, o défice em percentagem do PIB ficou abaixo dos cinco por cento, o que era o objetivo do Governo de Portugal e da troika para o ano de 2012. Para além, disso, o saldo externo, isto é, aquilo que exportamos e aquilo que importamos, teve um superavit de 800 milhões de euros. São demasiadas boas notícias para um só dia e o que nos espanta é que o maior partido da oposição, em vez de se congratular com esta situação, venha com argumentos estafados e sem sentido, dizer que nada disto tem significado.
Começamos a notar, da parte do PS, sinais de nervosismo evidente que, “infelizmente”, só servem para nos dizer que estamos no bom caminho. Se a extrema esquerda tem razões para estar “preocupada” porque afinal tudo aponta para que vamos ultrapassar a troika com um fantástico esforço de todos os portugueses, não compreendemos a atitude do PS. O abismo ficou mais longe. Ainda temos algumas montanhas para escalar, mas o ministro de Estado e das Finanças, Vítor Gaspar, como aqui já o afirmei, pode considerar-se a personalidade do momento, que muitos teimam em não reconhecer. Estamos seguramente no bom caminho e, acreditem, dormi hoje mais descansado, a bem de Portugal.
Deputado CDS-PP