O Paul é a maior riqueza e, ao mesmo tempo, um sério problema de Arzila. Outrora preservado e aproveitado pelos locais – há 40 anos, toda a gente, na terra, tinha um barco para a pesca da enguia e o seu bunho era o mais utilizado na confeção das esteiras–, é hoje uma espécie de espaço selvagem, alvo de todas as proibições e de pouquíssimo ou nenhum investimento do Estado.
“Da forma como está, o Paul vive em completa agonia”, lamenta o presidente da junta. Nuno Silva aponta o desinvestimento ostensivo, por parte do antigo ICN (hoje Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas). “Parece que está em autogestão”, exclama.
Para o autarca, o problema vem desde o início da constituição da Reserva Natural do Paul de Arzila. “Logo aí se viu a reação dos habitantes, que foram obrigados a deixar de utilizar o espaço como fonte de rendimento, quer para a pesca das enguias quer para a apanha do bunho”, explica Nuno Silva.
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