Trabalhadores reivindicam mais de 300 milhões em salários e indemnizações

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ARMENIO

A CGTP estima que as dívidas das empresas e do Estado aos trabalhadores, em indemnizações e salários em atraso, ultrapassam atualmente os 316 milhões de euros e afetam mais de 43 mil pessoas.

Estes dados foram hoje apresentados pelo secretário-geral da CGTP em conferência de imprensa, na sede da central sindical, em Lisboa, e baseiam-se nos contenciosos que associados dos sindicatos da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional (CGTP-IN) têm em tribunal a aguardar decisão, em alguns casos desde os anos de 1980.

Um valor que, segundo Arménio Carlos, “peca por defeito”, mas que demonstra o aumento destas dívidas aos trabalhadores, que há cerca de dois anos atrás era de 255 milhões de euros.

Para sublinhar que estas estimativas são abaixo da realidade, o responsável deu o exemplo do Fundo de Garantia Salarial da Segurança Social, cujos pedidos pendentes ascendem a mais de 400 milhões de euros.

“Os trabalhadores não só vêm negado o direito ao trabalho, como também o direito aos salários em atraso e às indemnizações”, afirmou.

A indústria têxtil é aquela que, segundo a CGTP, tem maior valor em dívida aos trabalhadores (85,8 milhões de euros), seguida das indústrias da metalurgia, química, energia e minas (69,3 milhões), cerâmica (30,5 milhões) e calçado (23 milhões).

Também no setor público da educação, a CGTP contabiliza 20 milhões de euros de compensações devidas a professores por caducidade do contrato de trabalho.

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