Assisti 4ª Feira a uma entrevista dada por Isabel Jonet a um canal de televisão. Confesso que fiquei preso ao seu raciocínio e seja-me permitido subscrever tudo aquilo que afirmou.
No que concerne à família a mesma foi peremptória ao afirmar que havia abandonado a sua profissão há vinte anos para uma maior dedicação aos seus cinco filhos e que se considerava uma mulher de muita sorte por ter condições materiais para o fazer.
Esse é um valor que também partilho com a Mulher da minha vida com quem, aliás, esta semana celebrarei com imensa alegria os nossos 40 anos de casados, sendo que ela foi indiscutivelmente o maior apoio para fazer de mim e das nossas três filhas aquilo que hoje somos. Falou depois da caridade.
Não a caridadezinha ou a politicamente correta, mas sim, da dádiva de Amor que a mesma representa e que nos faz sentir que estamos ao serviço do próximo sem nada esperar receber. Disse que todos temos a necessidade de perceber que o ser rico não está no consumismo, mas muito mais numa paz interior connosco próprios e, em última análise, com o mundo.
Teve oportunidade como Presidente Europeia dos Bancos contra a Fome de visitar a Grécia e referiu que não gostaria de ver em Portugal o que se passa atualmente naquele país. Aí referiu que os mais velhos e acamados estão quase entregues a si próprios porque não têm a ajuda das infindáveis instituições de solidariedade social que nos permitem orgulharmo-nos da nossa assistência na velhice, na qual a igreja católica desempenha um papel fulcral à muitos anos.
Permita-me dizer-lhe, Dra. Isabel Jonet, que a forma como foi injustiçada por grande parte da imprensa nacional, escrita e falada, e alguns comentadores, por mais que custem a ouvir, só lhe devem servir de estímulo. Bem-haja por aquilo que é.
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