O que são os mercados?
São um ponto de encontro entre vendedores e compradores. Portanto, é um espaço onde existe alguém que quer comprar e alguém que quer vender. Tanto pode ser um espaço físico, como é Mercado Municipal da Figueira da Foz, ou virtual, que é aquilo a que os mercados financeiros recorrem para as transações.
Mas um mercado municipal não prova crises económicas…
Imaginemos que todos os mercados municipais do mundo, de forma combinada ou não, invadiam as bancas com batatas: isto provocaria uma queda no preço. A lógica é exatamente a mesma. Portanto, se toda a gente começar a vender produtos financeiros, os preços caem drasticamente.
Que modelo de desenvolvimento económico advoga para a Figueira da Foz?
A Câmara da Figueira tem problemas financeiros, como quase todas as câmaras, e aí é que é preciso ter imaginação. Sendo a Figueira uma cidade turística, o turismo tem de ser a preocupação central de um executivo camarário. E há coisas que não custam dinheiro e que deviam ser feitas, sob pena da Figueira poder perder aquilo que ajuda a alimentar as receitas dos figueirenses. (…) A Figueira vem perdendo turismo nos últimos 10 anos. Antes, vinha gente de Lisboa à cidade porque os bares estavam na moda, mas, de repente, tudo se perdeu.
Aconselharia os jovens figueirenses a emigrarem?
Não aconselho ninguém a emigrar. Aconselho, como muito, as pessoas a terem experiências de formação no estrangeiro, de trabalho ou de estudo. Acho que ninguém emigra de vez de ânimo leve.
Já fez rádio e escreveu livros. De qual das formas de comunicar gosta mais?
E agora também faço comentários na televisão. A magia da rádio é única. Em relação aos livros, é uma forma de comunicar diferente, até porque não escrevo romances, escrevo livros técnicos (sobre produtos financeiros).
Esta entrevista pode ser ouvida na íntegra no programa “Clube Privado” da Foz do Mondego Rádio ( 99.1FM), às 19H00 de sexta e de sábado e às 22H00 de domingo, e em www.asbeiras.pt.