Opinião – O silêncio do senhor Presidente da República

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Luís Santarino

Finalmente, o Senhor Presidente da República deu “um ar da sua graça”! Esteve calado… e bem!

A primeira figura do Estado tem o dever do silêncio. De agir no momento certo. Quando fala, dizem os críticos que devia estar calado. Quando não fala, “os” exatamente os mesmos, afirmam o contrário! Começa a não haver pachorra para ouvir tanta idiotice.

Lamentavelmente, as pessoas não resistem a um microfone junto ao nariz. Outros, “via casa dentro” vulgarmente apelidado de televisão, debitam os mais estapafúrdios comentários, normalmente a soldo!

Não sou um apreciador do Professor Cavaco Silva. Muito pelo contrário. Mas, mesmo assim, não posso ser injusto e avaliar contra a minha consciência.

Percebeu que lhe caiu nas mãos a mais difícil das soluções. Por sua própria culpa? Nada disso. Por culpa de um vasto conjunto de imberbes, novos e velhos, que de política sabem alguma coisinha, de sociedade pouco, mas de mordomias são catedráticos!

Como costumo dizer, “tem deixado correr o marfim”! Tem estado a ver como se comportam os “atores”, após a maior contestação de sempre aos políticos, partidos políticos e própria democracia!

Poucos destes passariam das galerias do Metro de Lisboa! Cantam, tocam, declamam, “artistam”, mas nada se substancial dali sai. Daí que os atores vão ter, transitoriamente, de ser outros…por algum tempo!

O Presidente da República é o depositário da esperança de todos os portugueses. Não poderá falhar nas suas próximas decisões. Ele sabe-o melhor do que ninguém!

Não pode abandonar os portugueses à sua sorte. Sabe bem que a generalidade, a grande maioria dos portugueses, nada tem a ver com a crise a que alguns nos transportaram. Sabe bem, que é um roubo o que os bancos e as finanças estão a fazer aos portugueses, depois dos milhões que foram enterrados para salvar a economia. Esse dinheiro era do Estado. Portanto era NOSSO, de todos, e não só de alguns!

Vai ter que chamar os “meninos desavindos”, balizar a sua atividade e paliógrafo. Parece que o estou a ver; “entendam-se, porque se arriscam a ir ambos para a oposição, sem a poder fazer”!

Um governo de incidência governamental, de 90 ou 120 dias, serviria para recolocar a democracia no centro do desenvolvimento e acalmar desde já quem nos empresta o dinheiro.

PS e PSD preparariam eleições. Um divertimento sempre constante pela ocupação de lugares, onde cachopos e idiotas encartados se tentariam colocar na linha da frente! Seria a altura exata para os partidos políticos perceberem que deve existir mais conhecimento, mais saber e mais experiência, para recolocar Portugal na linha da frente.

Enquanto isso, alguns ilustres conhecidos, ou desconhecidos, mas competentes e rigorosos, manteriam a Europa calma e tranquila, fazendo o seu trabalho com determinação, para devolver a “democracia já curada da doença” aos seus legítimos donos; os portugueses!

António José Seguro deu um sinal claro que não vai em aventureirismos. Sabe que o Presidente da República vai ter de tomar uma posição inequívoca. O não entendimento entre governo e Partido Socialista requer da sua parte uma atitude ativa e determinada. Só nessa altura perceberão o valor que teve a manifestação dos indignados e quem vai ser o seu porta-voz!

O PSD e Pedro Passos Coelho sabem que perderam margem de manobra. Erraram até, quando colocaram a economia debaixo da alçada das finanças. Vai custar recuperar, lá isso vai! Vitor Gaspar parece estar a dar os “últimos suspiros”! Que seja feliz no futuro…mas longe!

Enquanto isso, os inconscientes continuam a pensar que, com o País à beira da maior crise da sua história, as eleições autárquicas é que são importantes!

Que se há-de fazer? É da vida!

PS e PSD não se entendem. O CDS/PP parece arredado das grandes decisões após a aprovação do Orçamento de Estado. Já deu demasiados tiros de pólvora seca!

 

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