Depois da Noite da Bruxas, cidadãos anónimos voltaram hoje à carga com tarjas alusivas ao fim das obras de recuperação do Paço de Maiorca, agora dirigidas ao presidente da Câmara da Figueira da Foz, João Ataíde (PS). Desta vez, foi ainda acrescentado o estado de degradação do largo da Feira Antiga.
A transformação do Paço de Maiorca num hotel de charme parou por falta de financiamento. É que o banco BPI cortou o crédito por ter deixado de acreditar no sucesso do projeto, entretanto comprometido pela conjuntura económica e financeira do país.
Recentemente, a autarquia figueirense obteve garantias de mais um milhão de euros de financiamento, ao abrigo da renegociação do empréstimo global (de mais de seis milhões de euros), para pagar aos fornecedores e manter o edifício fechado em segurança.
No total, a câmara assumiu encargos de 4,2 milhões de euros. Apesar deste montante investido, as obras não foram concluídas. O processo do Paço de Maiorca, cuja sociedade envolve a empresa municipal Figueira Grande Turismo e um parceiro privado, transita do anterior executivo municipal (PSD).
Quanto às obras de requalificação do largo da Feira Antiga de Maiorca, dossiê que também vem do anterior elenco autárquico, o atual executivo camarário reformulou o projeto, tornando-o financeiramente menos pesado. No entanto, as obras ainda não arrancaram.
Contactado pelo DIÁRIO AS BEIRAS, João Ataíde remeteu declarações sobre as faixas colocadas na fachada do Paço de Maiorca para uma inauguração que preside hoje, pelas 16H00, no Palácio Conselheiro Lopes Branco, em Maiorca.
Por sua vez, Filipe Dias, presidente da Junta de Maiorca (PSD), adiantou que “as faixas refletem o estado de espírito dos maiorquenses, em relação ao Paço de Maiorca e ao largo da Feira Antiga”. E acrescentou: “os maiorquenses sentem-se abandonados”, ilibando, no entanto, o atual executivo municipal de responsabilidades nos dois dossiês.
O DIÁRIO AS BEIRAS apurou que Filipe Dias informou João Ataíde sobre a faixas colocadas no Paço de Maiorca, edifício da edilidade figueirense, disponibilizando-se para as retirar do local. Mas o presidente da câmara opôs-se , em nome da liberdade de expressão e do direito à indignação.
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