Um movimento que nasceu de uma divisão no PSD da Covilhã vai apresentar candidatos à câmara e a outros órgãos autárquicos em 2013, anunciou Paulo Rosa, vereador da maioria social-democrata no município, à agência Lusa.
“O candidato à câmara será revelado na primeira semana de dezembro e antes será tornado público o manifesto político aos cidadãos da Covilhã”, referiu o autarca, sem adiantar nomes.
Em maio, uma lista apoiada por Carlos Pinto, presidente da Câmara, às eleições para a concelhia do PSD da Covilhã, foi derrotada por outra, encabeçada por Francisco Castelo Branco.
Perante a nova liderança do partido, “presidentes de junta e população decidiram não seguir de braços cruzados”, justificou Paulo Rosa.
O vereador sublinha que o “movimento de listas independentes de cidadãos, para as juntas de freguesia, câmara e assembleia municipal” revê-se “no projeto em curso”, liderado há quatro mandatos, por maioria, pelo social-democrata Carlos Pinto.
Paulo Rosa recusa-se a revelar mais nomes ligados ao movimento: “o tempo e o calendário definido o revelarão”.
Francisco Castelo Branco, presidente da concelhia laranja, disse à agência Lusa que “repudia” o anúncio feito pelo autarca social-democrata.
Segundo o líder da concelhia, o órgão não tem regateado elogios ao trabalho de Carlos Pinto e tem tentado desde maio “estabelecer diálogo” com os eleitos e com o presidente da Câmara, mas os convites “ou são recusados ou não têm resposta”.
“Não vejo razão” para divergências, diz Francisco Castelo Branco, que pede “respeito pelos órgãos eleitos pelos militantes” e lamenta que haja quem “não aceite os resultados e faça contra poder fora do partido”.
De acordo com o presidente do PSD Covilhã, foi pedida a intervenção de outros órgãos do partido, mas terminado esse prazo, a concelhia não vai ficar “de braços cruzados e vai avançar”, concluiu.
Contacto pela agência Lusa, o presidente da Câmara da Covilhã, Carlos Pinto, não quis fazer comentários sobre a situação na concelhia.
(Texto: Agência Lusa)
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