“Cirurgião” de relógios dá vida em Leiria a antiguidades que remontam ao século XIX

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Em Moinhos de Carvide, concelho de Leiria, há um mecânico de relojoaria que definiu uma missão impossível para cumprir na reforma que lhe resta: dar vida a 300 antiguidades, algumas que remontam ao início do século XIX.

Existem quartos, salas e uma ‘oficina’ decorados com o seu património de relógios que compassam o ritmo do apaixonado coração de Fernando Lopes pela arte da minúcia e pela engenharia da precisão, mas o próprio admite que lhe vai faltar tempo para tamanha tarefa.

Aos 68 anos, diz que lhe bastam os dedos de uma mão para contar os mecânicos de relojoaria que ainda sobrevivem em Portugal, mas não consegue calcular a fortuna que representa este mercado potencial de fãs e colecionadores feito de magnatas e políticos, de homens do petróleo a jogadores de futebol.

“Há cada vez menos pessoas a comprar, mas em contrapartida temos outras que são capazes de dar 10, 20, 30 mil euros por relógios”, sublinhou Fernando Lopes, revelando que “na Marinha Grande há quem tenha uma coleção que vale milhões”.

Teima em recusar o ‘título’ de relojoeiro. “Sou mecânico de relojoaria”, com “o sonho de reparar um Grandfather Clock, um relógio inglês, especial, como o que existe na Assembleia da República, que é único em Portugal”, assinalou.

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