Autarca de Lamego defende constituição de Comunidade Intermunicipal Douro Sul

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O presidente da Câmara de Lamego defendeu a constituição de uma Comunidade Intermunicipal Douro Sul, integrando os dez municípios deste território “entalado” entre o Douro e a Beira e “espartilhado administrativamente” entre o Norte e o Centro.

Ao intervir nas terceiras Conferências do Douro Sul, que decorreram em Lamego, Francisco Lopes começou por avisar que ia apresentar uma proposta polémica, que até contraria muito do que defendeu no passado.

“Na discussão de 2002 sobre a constituição das comunidades urbanas fui um firme defensor da criação de uma única comunidade constituída pelos municípios do Douro e de Trás-os-Montes, convicto da importância da escala e da massa crítica na criação de sinergias e na implementação de projetos estruturantes”, lembrou.

No entanto, o autarca hoje está convicto de que, “mais importante do que a dimensão e a escala, é a homogeneidade, a proximidade física e cultural, o entendimento e cooperação efetivas entre instituições e o envolvimento voluntários dos diversos atores locais e regionais”.

É nesse sentido que considera que, a manter-se a proposta de viabilidade da constituição de comunidades intermunicipais (com pelo menos cinco municípios e mais de 90 mil habitantes), o Douro Sul deveria avaliar esta possibilidade.

“Não enquanto agrupamento de municípios, mas enquanto território, ou seja, com as instituições, as empresas e as suas gentes”, constituir uma CIM com os dez municípios historicamente ligados à Beira Douro, explicou.

Francisco Lopes lembrou que este território está “espartilhado administrativamente entre o Norte e o Centro, entre os distritos administrativos e as regiões planos, entre a enorme confusão da organização da administração desconcentrada do estado”, assim como “da organização política do estado e dos partidos”.

Na sua opinião, “não haverá uma verdadeira reforma administrativa, seja da administração central ou local, se não for acompanhada de uma reforma política”.

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