Até as tascas e tabernas sofrem com a crise

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Longe vão os tempos em que a taberna era o ponto de encontro quando as pessoas saíam do emprego. Um pouco mais vazias do que antigamente, os proprietários rejeitam a ideia de que, com a crise, o negócio ganhou outro tipo de clientes.

“A quebra é de cerca de 15 por cento”, afirma Jorge Silva, do Mijacão. Localizada numa perpendicular à rua da Sofia, na Baixa, esta era a taberna de eleição onde os amigos se encontravam para conviver. “Hoje as pessoas estão mais dispersas”, diz Jorge Silva, acrescentando que com o crescimento da cidade e o facto de os empregos serem em locais diferentes, já não há tanto a cultura de passar pelo Mijacão para conviver com os amigos.

Sérgio Santos, filho do dono da Taberna Chelense – com entradas pela rua das Rãs e pelo Largo do Mendonça (frente à Cozinha Económica) – corrobora a ideia. “Normalmente as pessoas passavam por cá antes de irem apanhar os transportes, ao final do dia”, hoje o cenário já não é o mesmo. O barril de vinho que se encontra atrás do balcão noutros tempos durava apenas um dia, hoje para ser gasto demora cerca de três, acrescenta Sérgio Santos.

A Tasca do Pinto, na alta de Coimbra, é muito famosa entre os estudantes. São os jovens que integram a maior parte dos clientes, que “vêm cá de vez em quando para comer refeições que lhes fazem lembrar a comida das avós”, diz Adelina Pinto, proprietária. A outra clientela é composta por pessoas da zona e funcionários da universidade e do Museu Machado de Castro, mas esses “trazem a comida de casa e vêm só tomar o café”, acrescenta.

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