A Associação Académica de Coimbra (AAC) assinala amanhã, sábado, 125 anos de existência.
A data não será assinalada com pompa e circunstãncia, antes apostando na ajuda aos estudantes nos “tempos incertos que se avizinham”, com políticas de maior proximidade aos 23 mil associados.
O presidente da direção-geral da AAC, Ricardo Morgado, disse hoje que a instituição quer “estar na dianteira na defesa dos direitos dos estudantes” da Universidade de Coimbra (UC) e do país, em articulação com as outras organizações académicas.
A maioria das famílias, em Portugal, “passa hoje muitas dificuldades económicas”, o que agrava os problemas dos alunos, forçando, em muitos casos, o seu afastamento das universidades e demais escolas superiores, afirmou.
O dirigente salientou que a despesa média anual de um estudante universitário ascende a quase seis mil euros.
“Temos as propinas mais elevadas da Europa e a ação social não consegue responder hoje aos novos problemas”, disse Ricardo Morgado.
A associação também “deve conseguir adaptar-se”, face às atuais restrições orçamentais ditadas pela crise, “para não abdicar de muitas das suas valências”, designadamente dos serviços de apoio aos sócios e das atividades culturais, desportivas e recreativas realizadas pelas suas secções e organismos autónomos.