Opinião – Capitular? Não!

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Norberto Canha

Quando em 2005 entraram 10 novos países para a União Europeia, depois de ouvir os discursos de todos os políticos, que na essência se resumiram a: novos negócios; novas oportunidades; novos empreendimentos; escrevi um Hino à Europa ou Europeíade que publiquei no livro Nova Ordem Mundial, Contas aos Netos, livro que resolvi escrever na sequência do que acabava de ouvir. No final terminava com os seguintes dizeres:

Que nesta União Europeia, Nesta Nova Europa, Neste Novo Mundo, haja sempre uma mágoa, uma lágrima, um som a tocar, quando vamos a enterrar!

Era um apelo a Europa dos valores, da compreensão e sentimentos e não à Europa das conveniências que foi nisso em que se transformou. Criar vencidos!

Como eu previ o que ia a acontecer!

De quem é a culpa? De todos nós! Mas culpa maior têm os políticos, por isso é que na confiança dos cidadãos têm apenas 4% de credibilidade. E estes quatro por cento não serão todos aqueles que já comem no parto das lentilhas!

São responsáveis desta situação a que se chega todos os políticos de todos os países e continentes, sobretudo, dos mais poderosos, porque todos eles, ou raros, serão inteligentes. Defendem-se inteligência, com a capacidade de prever o futuro.

Criar vencidos para poderem dominar é um erro tremendo que mais tarde ou mais cedo tem os seus custos: – o feitiço vira-se contra os feiticeiros.

Não capitularemos! Não nos ajoelharão! Vamos vencer? Não só esta crise, como todas as outras crises, para isso teremos que nos acautelar, acautelar, até das ideologias e modas importadas.

Foi pensando no futuro que mandei antes – um ano antes – o conteúdo do livro, em formato electrónico cujo título é Amar Portugal, apelo ao Senso, à Verdade e ao reconhecimento. Contas aos Netos. Mandei-o – e olvidaram-no -, aos partidos políticos, aos presidentes dos câmaras, presidentes das juntas e cooperativas.

Nesse livro disse como proceder para sair da crise em que incluía um Governo (em que se integrassem todos os partidos) de convergência para tirar o país do atoleiro em que ia e estava a cair.

Passaram mais de dois anos, é esta a solução que hoje ainda encontro.

Deixem-se, senhores políticos das ideologias de palavras. Entendam-se, vamos aos actos.

Nos plenários desse Governo deveria estar presente, sua Excelência, o Presidente da República, nem que não dissesse uma palavra. Isto é, deveria intervir, apenas em momentos cruciais.

 

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