Vinhos de Portugal precisam de mais meios para promoção no estrangeiro

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D.R.

O presidente da Comissão Vitivinícola Regional (CVR) do Dão, Arlindo Cunha, defendeu que Portugal precisa de ter mais meios para promover o seu vinho no estrangeiro, por considerar a internacionalização determinante para o futuro do setor.

Ao intervir ao final da tarde na sessão de abertura da 21.ª edição da Feira do Vinho de Nelas, o antigo ministro da Agricultura criticou a forma como é distribuída a taxa de promoção que os produtores têm de pagar.

“Dessa taxa de promoção, só cerca de 60 por cento é que vai para a promoção, a outra parte vai para o Instituto da Vinha e do Vinho”, explicou.

Na sua opinião, não faz sentido que sejam os produtores a pagar o funcionamento da estrutura pública que os tutela e fiscaliza.

“Já que não podemos fechar as fronteiras, temos de ter condições para podermos vender mais lá fora”, frisou Arlindo Cunha, dirigindo-se à diretora regional de Agricultura do Centro, que à última hora teve de substituir na cerimónia a ministra Assunção Cristas.

O que economista lembrou que, no passado, vinho de Portugal “era sinónimo de vinho do Porto”, uma realidade que “começou a mudar há pouco mais de uma década”.

O responsável sublinhou que foi a ViniPortugal, em trabalho conjugado com o Ministério da Agricultura, que levou à esta mudança, apostando na marca “Vinhos de Portugal”.

“Está a trabalhar-se de uma forma mais concertada”, afirmou, contando que a estratégia da ViniPortugal é ir aos eventos internacionais com a marca Vinhos de Portugal e depois, “dentro desse grande espaço, estão as várias empresas e marcas”.

“É este o caminho que temos vindo a trilhar, só que precisamos de mais em Portugal para promover o nosso vinho no exterior”, acrescentou.

A presidente da Câmara de Nelas, Isaura Pedro, aproveitou a cerimónia para anunciar que o Centro de Estudos Vitivinícolas do Dão, situado no concelho, não vai fechar.

“Irá ter um reforço na investigação aplicada, com forte articulação entre agentes privados e públicos, o que permitirá um aumento de qualidade e competitividade dos nossos vinhos”, referiu.

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