3000 bens para apoiar pessoas que recorrem ao CAS da Cáritas

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Cerca de três mil géneros alimentares e produtos de higiene foram recolhidos numa campanha da Cáritas Diocesana de Coimbra e vão agora beneficiar os utentes do Centro de Apoio Social (CAS) da instituição, foi revelado no domingo.

A campanha de recolha de bens decorreu este sábado no hipermercado Jumbo, no Centro Comercial Dolce Vita, e permitiu angariar 437 quilos de arroz e 473 embalagens de massas diversas, além de 119 de leguminosas. Leite, latas de atum e sardinha, bolachas, salsichas e leguminosas enlatadas foram outros dos vários géneros doados no conjunto das cerca de 3.000 unidades recolhidas, segundo dados da Cáritas Diocesana de Coimbra.

“Os pedidos de ajuda ao CAS aumentaram cerca de 300 por cento desde agosto deste ano, um facto que a responsável, Paula Cordeiro, atribui ao agravamento da crise e a alterações nas políticas sociais, mas é também revelador da dependência de muitas famílias das refeições escolares”, refere a instituição.

Segundo dados facultados à Agência Lusa, o CAS recebeu, em julho passado, 25 pedidos de ajuda, número que, em agosto, subiu para 70. Tem atualmente 60 pedidos em lista de espera. Em agosto, “com a falta das escolas e CATL [centros de atividades de tempos livres], muita famílias viram-se forçadas a solicitar apoio para poder fazer face às despesas com alimentação, num orçamento familiar já estrangulado” por outras necessidades básicas, é referido ainda.

“Sem forma de poder responder a este aumento exponencial de solicitações, a Cáritas realizou esta campanha de recolha de bens, com um resultado muito superior ao que seria expectável no momento atual, pelo que esta será uma iniciativa certamente a repetir durante o próximo ano”, é referido na nota.

O CAS “apoia essencialmente os ‘novos pobres’ – indivíduos e agregados familiares que se encontram numa situação inesperada de carência económica e que não dispõem de recursos financeiros suficientes para fazer face às suas necessidades básicas. Essencialmente são os desempregados e as famílias endividadas quem mais recorre ao CAS, bem como reformados com rendimentos muito baixos, normalmente para fazerem face a despesas com habitação, créditos bancários e mesmo alimentação”.

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