Falta de crédito bancário leva empresário de Viseu a desistir de projeto com apoio estatal

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Um empresário do ramo da hotelaria apontou hoje a falta de crédito bancário para que um complexo turístico, em Viseu, orçado em mais de 26 milhões de euros, não tenha arrancado e tenha visto o Governo rescindir o contrato de apoio.

Em Diário da República, foi na segunda-feira publicado o despacho através do qual o Governo rescinde o contrato assinado com a empresa J. Cruz & M. Cruz – Restauração e Hotelaria, para a construção de um complexo turístico no valor de 26,4 milhões de euros, com 11,5 milhões de euros a financiar pelo Estado.

Manuel Cruz disse hoje à agência Lusa que o projeto foi apresentado em janeiro de 2008 e aceite pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) em fevereiro, com o contrato a ser assinado em 2010.

Porém, o empresário já “desistira formalmente” do mesmo, pois “quando o contrato com a AICEP foi assinado estava prevista uma linha de crédito bancário” mas, quando apresentou o projeto, ter-lhe-á sido comunicado que “não existia verba para que tal financiamento tivesse lugar”.

Assim, “perante a impossibilidade de materializar o projeto, decidimos refazê-lo, com menores custos, retirando o hotel do complexo, deixando apenas o parque aquático” que está previsto para Almargem, na margem do Rio Vouga.

O novo projeto faz os custos totais baixarem para 16,5 milhões de euros, contando o empresário Manuel Cruz que seja aprovado pelo Ministério da Economia no âmbito dos investimentos a apoiar pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).

No despacho publicado em Diário da República, é avançada como justificação para a rescisão do contrato que a J. Cruz & M. Cruz – Restauração e Hotelaria, Lda, “se encontra, até esta data, em incumprimento da obrigação de executar o projeto de investimento nos termos e prazos contratualmente fixados e não demonstra manter as condições de financiamento necessárias à concretização do mesmo”.

O empresário sublinhou, entretanto, que a empresa aguarda agora que o novo projeto possa ser aprovado e que “a banca não coloque entraves ao crédito”.

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