Juliana é a primeira a oferecer-se para a largada. Cabe-lhe um macho juvenil, assustadiço sob a toalha protetora. Ao lado, a mãe, Margarida Almeida, e a amiga Andreia pegam no que se supõe serem duas fêmeas, já que são aves mais corpulentas e com maior envergadura de asas.
A cena passa-se no Choupal. É segunda-feira, à tarde. Num recanto sossegado da mata vão ser devolvidos à liberdade três milhafres pretos encontrados feridos e entregues aos cuidados do CERVAS – Centro de Ecologia, Recuperação e Vigilância de Animais Selvagens.
A iniciativa atrai à eira solarenga a um pequeno grupo de amantes dos animais e da natureza. Para a largada, o CERVAS prepara uma pequena encenação, com o médico veterinário Ricardo Brandão a explicar o que são milhafres (e outras aves de rapina migratórias) e por que são devolvidos à natureza no Choupal – justamente porque, aqui, têm o seu habitat natural nos meses quentes.
Versão completa na edição impressa
2 Comments