Utentes da Guarda promovem abaixo-assinado em defesa da maternidade

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Arquivo - Luís Carregã

A Comissão de Utentes da Maternidade do Hospital Sousa Martins (HSM), da Guarda, anunciou hoje que vai promover um abaixo-assinado para sensibilizar o Governo no sentido da manutenção daquele serviço.

Segundo Helena Neves, daquela comissão, a iniciativa surgiu no seguimento de um estudo da Entidade Reguladora de Saúde, “onde se recomenda o encerramento da maternidade da Guarda e a concentração de partos na Covilhã”.

O abaixo-assinado vai recolher assinaturas nos 14 concelhos do distrito da Guarda, na tentativa de “travar” a possibilidade do encerramento do bloco de partos do HSM, disse hoje a responsável à agência Lusa.

“Esta medida, a concretizar-se, irá agravar ainda mais a já difícil situação das populações do distrito, a braços com o crescente desemprego, a falta de meios de transporte e a falta de outro serviço de maternidade no distrito”, refere a Comissão de Utentes.

Esta estrutura admite que o encerramento da maternidade do HSM “lançará uma verdadeira ameaça sobre a taxa de natalidade, que já é baixa, agravando o sentimento de insegurança de todas as mulheres, contribuindo para a desertificação e o já crescente abandono do distrito”.

A mesma comissão, composta por utentes, mães, profissionais de saúde e cidadãos, manifesta preocupação com o possível encerramento do bloco de partos, por considerar que tal medida “em nada irá favorecer as populações” da região.

“De vez em quando, surge a ameaça de que vão encerrar a maternidade, deixando um sentimento de insegurança nas mães, nos pais e nas famílias”, lamentou Helena Neves.

A responsável apela à mobilização da população em torno da defesa do serviço e admite que, caso o Governo tome a decisão de o encerrar, haja “uma resposta forte” do distrito da Guarda.

Além do abaixo-assinado, a Comissão de Utentes da Maternidade admite “levar para a frente todas as ações de luta que se julguem necessárias, ao lado da população, a fim de defender a manutenção” de um serviço considerado “fundamental” para o hospital da Guarda, referiu.

“A concretizar-se a ameaça, não baixaremos os braços, desenvolveremos tudo o que estiver ao nosso alcance e faremos tudo o que pudermos, como [aconteceu] no passado”, assegurou Helena Neves.

A responsável lembrou que, em 2006, quando a maternidade do HSM também esteve em risco de fechar, a Comissão de Utentes mobilizou-se e “houve um grande movimento em torno da maternidade, que teve resultados”.

 

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