Um instrumento criado pela Universidade de Aveiro (UA) permite detetar deficiências da fala em crianças em idade pré-escolar, como falar à “sopinha de massa” ou trocar os sons das letras, facilitando a correção, revelou a instituição.
“A partir dos quatro ou cinco anos, o discurso da criança deve ser compreensível, mas há casos de crianças que, apesar de não terem qualquer problema cognitivo, têm dificuldade em se fazer entender pelos adultos, devido à omissão ou troca de sons no seu discurso”, explicou à Lusa Marisa Lousada, da Escola Superior de Saúde da UA.
Segundo a investigadora, o teste fonético-fonológico para avaliação de linguagem pré-escolar (TFF-ALPE) permite analisar a capacidade de produção de sons orais das crianças portuguesas e a correção atempada pela terapia da fala.
“Há imensos adultos que falam à ‘sopinha de massa’ e nunca aprenderam a colocar a língua na posição correta, o que lhes cria dificuldades no dia a dia e limita as suas escolhas profissionais. Veja-se o exemplo de um apresentador de televisão ou de um ator”, exemplificou Marisa Lousada.
(Texto: Agência Lusa)