S. João da Madeira torna-se primeiro município do país com cobertura quase integral de wireless gratuita

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S. João da Madeira será a partir de quinta-feira o primeiro município do país a ter a quase totalidade do seu território coberta por uma rede de internet sem fios, de acesso público e gratuito.

A gestão do serviço foi atribuída à operadora Optimus em concurso público internacional e o presidente da Câmara Municipal garantiu à Lusa: “Esta será a primeira cidade do país com cobertura wireless quase integral, o que representa uma situação pioneira em Portugal e rara também na Europa”.

Castro Almeida anuncia que “a rede está vocacionada para a rua, para que todos possam aceder à internet a partir dos seus portáteis ou telemóveis”, mas realça que no contrato com a Optmus “ficou também estabelecido que todas as casas dos bairros sociais terão acesso ao serviço a partir do seu interior”.

Essas duas circunstâncias refletem as principais razões que levaram a autarquia a investir na infraestrutura: “Uma motivação é de ordem prática geral, no que o objetivo é garantir que qualquer pessoa pode tratar dos seus assuntos facilmente, a partir de qualquer ponto da rua. E outra é de caráter social, no que a preocupação da Câmara é assegurar a igualdade de oportunidades entre as crianças cujos pais podem pagar internet e as crianças dos bairros sociais, cujas famílias nem sempre podem gastar dinheiro nesse serviço”.

A nova rede wireless de S. João da Madeira irá abranger todas as áreas residenciais e empresariais do concelho, permitindo a moradores e visitantes a utilização gratuita do serviço em todos os suportes com acesso a internet.

Na fase inicial do concurso público para instalação da Sanjonet, a estruturação do sistema contou com a consultadoria do INESC Porto (Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores), que, a partir de agora, estudará o funcionamento da rede com os formandos de um programa doutoral que envolve o ensino universitário norte-americano.

Procedendo à experimentação de novas soluções e serviços adicionais, o INESC irá assim contribuir para a segunda etapa do processo, já que, segundo fonte da autarquia, é agora necessário “verificar quais são as zonas do concelho que irão gerar mais procura” e, em função dessa distribuição de acessos, “iniciar os adequados reforços da largura de banda”.

Por enquanto, a avaliação da cobertura de rede em 166 pontos do concelho demonstra que 88,5 por cento desses locais revelam “boas velocidades”.

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