Hospital da Covilhã dá “benefício da dúvida” a médica do bebé sem pé

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O Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB), na Covilhã, decidiu dar o “benefício da dúvida” à médica que acompanhou a gestação de um bebé que nasceu sem , a 01 de janeiro deste ano, naquela unidade de saúde.

Esta conclusão consta do relatório do inquérito ao caso, conduzido pelo próprio CHCB, e a que a agência Lusa teve hoje acesso.

Os pais do bebé apresentaram queixa judicial contra a médica obstetra – caso que está sob inquérito do Ministério Público -, na qual a acusam de omissão grosseira, por não ter detetado a falta de um membro nas ecografias realizadas durante a gravidez.

O inquérito do CHCB contou com a colaboração da maternidade Daniel de Matos do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), como unidade de referência na especialidade.

Os relatórios das duas primeiras ecografias, às 13 e 21 semanas de gestação, referem não haver “anomalias morfológicas”, refere o parecer do CHUC.

 

No entanto, além do que está escrito, “não existe nenhuma imagem, das captadas durante os exames, onde seja possível avaliar a normalidade” dos membros inferiores e também não há norma que exija tais imagens, acrescenta.

Por outro lado, se houve amputação por banda amniótica “é admissível que a lesão só se estabelecesse em data posterior”, pelo que “não é possível confirmar nem excluir nenhuma das hipóteses”, ou seja, um defeito morfológico não detetado ou amputação posterior aos exames.

Segundo o CHUC, “a avaliação das lesões por um especialista em dismorfologia” poderá ajudar a esclarecer a situação.

Com base no parecer de Coimbra, o CHCB concluiu que “faltam dados objetivos”, tanto para provar que tenha “havido erro ou negligência médica”, como “para excluir com certeza a sua existência”.

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