A Liga de Amigos do Hospital Distrital da Figueira da Foz (HDFF) e o conselho de administração firmaram um protocolo de cooperação, que prevê a criação de uma Galeria de Solidariedade. O espaço pretende ser um “mural onde se apresentam as carências” do HDFF.
Será um “local de divulgação de quantos desejam apadrinhar” as respostas, onde se “afirmam exemplos de envolvimento comunitário” e se “projeta e homenageia valores de elevada consciência cívica e responsabilidade social”, explicou o presidente da Liga de Amigos do HDFF.
No anúncio da Galeria de Solidariedade, que decorreu no casino, António Guardado manifestou a sua tristeza pela fraca assistência. “Sinto-me um pouco angustiado com o número reduzido de pessoas que aqui vejo”, disse, lembrando que os sócios da liga são mais de 300. “É nestas alturas que se pode defender o hospital”, afirmou António Guardado.

Compromisso de honra
Por outro lado, Adriano Rodrigues sublinhou que aceitou assumir a direção do HDFF com um “espírito de missão, para conseguir ajudar a modificar o espetro cinzento que o hospital tinha e ainda tem”.
Adriano Rodrigues elucidou que os objetivos a atingir passam pela melhoria da qualidade assistencial, manutenção da urgência médico-cirúrgica, manutenção do hospital de Dia de Oncologia e a VMER durante 24 horas integrada na urgência. “Para isto apostámos que o hospital era capaz de ser sustentável, sob o ponto de vista económico”, afirmou.
O presidente do conselho de administração referiu ainda que a ala nova, construída em 2010, que alberga o serviço de urgência, tem problemas na construção. “O edifício está completamente ilegal. Poderemos ser multados em 1,2 milhões de euros se não cumprirmos os requisitos”, disse Adriano Rodrigues.
E anunciou, entre outras medidas, que o hospital vai ter uma vedação, a partir de setembro próximo. “Vamos requalificar o espaço, voltar a ter entrada com portaria, estacionamento pago (livre durante os primeiros 15 minutos)”, referiu ainda.