Época balnear arranca… sem subsídio de férias!

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João Azevedo – E já arrancou oficialmente mais uma época balnear. O passado dia 1 de junho foi assinalado um pouco por todo o país. E, no ponto de vista balnear, temos mesmo razões para sorrir: este ano foram atribuídas 275 bandeiras azuis em todo o país! Neste capítulo, Portugal sofreu uma evolução significativa, fruto de fortes investimentos de anos anteriores em infraestruturas e equipamentos que eram essenciais para os portugueses e para a qualidade das nossas praias. Finalmente, os resultados estão à vista de todos e o Turismo (que tão importante é para a nossa economia) pode brindar-se com isso!

Mas nem tudo são boas-novas: este ano os portugueses vão sentir mais uma vez o corte no subsídio. Em junho, já muitos trabalhadores vão sentir os cortes na bolsa, pois não irão receber o subsídio de férias. Aquele subsídio que tanta falta faz no orçamento familiar, aquele dinheiro que vinha “tapar” buracos de meses anteriores, de despesas inesperadas que de outra forma eram impossíveis de colmatar… No meio do sol, da praia, do lindo azul do mar, a realidade é que os portugueses vêem-se com este problema nos braços. Sim, porque não basta cortar, o problema está lá. Esse dinheiro fazia parte do orçamento familiar dos trabalhadores e, de repente, deixou de fazer, mas as despesas estão lá. Essas não desaparecem, aliás com o aumento dos impostos e do custo de vida estão constantemente a subir…

E além disso, temos de pensar que numa família, um casal sofre um duplo corte, são dois subsídios que deixam de existir. É muito dinheiro! É muito esforço que se pede a uma família! As ajudas pedidas aos trabalhadores deviam ser socialmente mais justas, mais equilibradas! O Estado devia olhar para o seio familiar e não para o individuo e devia exigir ajuda a quem realmente pode ajudar e não cortar a todos, a isto chama-se “cortar a direito”! Apesar de quem tiver rendimentos entre o salário mínimo e os mil euros ser alvo de uma taxa progressiva que, na prática, vai corresponder à perda de um subsídio, isso não chega! Uma comunidade deve ser vista como um todo, estudada, por forma a aplicar medidas equitativas e verdadeiramente justas!

E, no meio disto tudo, em vez das coisas melhorarem, ainda ouvimos notícias que nos dizem que a Comissão Europeia não descartou a possibilidade dos cortes nos 13.º e 14.º meses para a função pública e pensionistas assumirem carácter permanente, embora afirmem que tal cenário ainda não foi discutido… é de facto um cenário aterrador! Esperemos que pelo menos o calor e o sol do verão que se avizinha aqueça a vida dos portugueses e nos ajude a passar bons momentos junto da família!

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