Empresários, académicos e autarcas defendem continuação da autonomia portuária em Aveiro

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A Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), a Associação Industrial do Distrito (AIDA) e a Universidade de Aveiro(UA) defenderam, numa posição conjunta, que o Governo deve manter a autonomia do Porto de Aveiro.

No texto, assinado por Ribau Esteves, que preside à CIRA, é referido que o atual modelo empresarial das administrações portuárias deve ser visto como “um exemplo de mérito para todo o Setor Empresarial do Estado, ao invés de ser posto em crise”.

Consideram aquelas entidades que “o problema dos Portos em Portugal não está em quem manda: basta apenas olhar para os resultados líquidos positivos, baixo (ou mesmo nulo!) endividamento, cumprimento dos prazos de pagamento e diminuição contínua dos gastos operacionais” de cada uma das administrações.

O modelo de gestão do Porto de Aveiro, defendem, “tem de assumir a condição de ser parte de um sistema de transportes multimodal, em que a sua plataforma portuária se valoriza pela ligação à estrutura viária em perfil de autoestrada que lhe dá o acesso rodoviário (A25, A17, A1 e A29) e pela sua ligação ferroviária à Linha do Norte”.

Trata-se da reafirmação da aposta no denominado Eixo A25/E80, com a ligação em plataforma multimodal a Espanha e ao Centro da Europa, para o crescimento sustentado do Porto de Aveiro e da sua influência.

A continuidade dessa aposta pela região é justificada “pela forte vocação exportadora das suas empresas, mas também pelo facto de, considerando a sua localização geográfica, ter potencialidades para funcionar como interface privilegiado entre a Europa e os continentes Africano e Americano”.

Criticando a perspetiva centralista, “de que na Capital tudo se governa melhor, um enorme e grave absurdo que já custou ao país décadas de atraso”, as entidades subscritoras advertem que “a distribuição administrativa de cargas pelos Portos é a antítese da concorrência necessária” para o futuro do país.

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